domingo, 17 de novembro de 2019

SESSÃO PÚBLICA DE BALANÇO DO MANDATO AUTÁRQUICO EM CURSO






CASTRO VERDE




CONCLUSÕES DA SESSÃO PÚBLICA DE BALANÇO DO MANDATO AUTÁRQUICO EM CURSO.
Sábado, 16 de novembro 2019, pelas 16 horas, no Fórum Municipal de Castro Verde

A CDU promoveu no dia 16 de novembro 2019, uma sessão pública de balanço do mandato autárquico em curso debruçando-se sobre o trabalho dos eleitos da CDU nos órgãos autárquicos do concelho, e o desempenho do Partido Socialista à frente da Câmara Municipal de Castro Verde.

MÁ GESTÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
“Futuro” que o PS anunciou está cada vez mais distante
Passados que estão dois anos de mandato autárquico, a CDU não pode deixar de evidenciar a falta de preparação e a incompetência do PS na gestão da Câmara Municipal de Castro Verde.
Assistimos a uma acção política marcada pela falta de visão estratégica, que se baseia na resposta imediata e populista, e que na maior parte dos casos não responde às reais necessidades da autarquia e da comunidade.
Se tivermos em conta o programa eleitoral que o PS apresentou, o futuro que anunciou parece cada vez mais distante.

O FALSO ARGUMENTO DA HERANÇA
Desde a primeira hora que o falso argumento da dívida herdada da anterior gestão da CDU tem servido para justificar quase tudo: o que não se faz, ou então, o modo como se faz. Basta! A toalha da pesada herança está gasta e não limpa mais as mãos.
É preciso ter presente que o PS não herdou só encargos, também herdou um concelho com qualidade de vida, fruto do muito trabalho desenvolvido, e que agora quer branquear, através da sua afinada máquina de propaganda.
A realidade demonstrou que o PS tem exercido o seu mandato com receitas idênticas, senão superiores, às dos últimos anos da gestão CDU.
Reconhecemos que é necessária uma gestão criteriosa num cenário de receitas diminutas, para a qual é preciso engenho e empenho para garantir o nível e a qualidade de serviços que a CDU sempre proporcionou aos castrenses. Neste contexto. o PS tem revelado incompetência e uma manifesta falta de critérios que tem conduzido a opções políticas questionáveis, contrariando, inclusive, as linhas orientadoras da auditoria que o próprio PS encomendou às contas da câmara no anterior mandato! (ou será que auditoria tinha outros fins e o tiro saiu pela culatra? Será que era denegrir a imagem da CDU na gestão da autarquia?)
Nestes dois anos de mandato, que tem feito o PS para contrariar a diminuição de receitas? Nada. E até se deu ao luxo de diminuir algumas receitas.
Contrariamente, as despesas aumentam todos os dias e a dívida corrente não para de crescer.
Os encargos a curto e médio prazo assumidos e não pagos, isto é a dívida corrente a fornecedores, não param de aumentar:
·      a média mensal em 2017 foi de 465 mil euros;
·      a mesma média referente aos primeiros 10 meses de 2019 é de 744 mil euros
Na gestão CDU o prazo médio de pagamento a fornecedores, em 30/09/17, era de 7 dias.
Na gestão PS, em 30 de junho 2019, o prazo médio de pagamento era de 52 dias.

EMPRÉSTIMOS NO VALOR DE 2,4 MILHÕES DE EUROS
Neste mandato, o PS já obteve autorização para contratar 3 empréstimos no valor de mais de 2,4 milhões de euros. Agora, pelos vistos, o aumento da dívida, que sempre diabolizou enquanto esteve na oposição, já não é um problema.

O AUMENTO DOS ENCARGOS E UMA QUESTIONÁVEL GESTÃO E CONTRATAÇÃO DE PESSOAL
Assistimos nestes dois anos ao surgimento de uma política organização de serviços e de gestão de recursos humanos completamente aleatórias e à contratação de pessoal sem grande critério. Tudo isto tem conduzido a um acréscimo significativo das despesas com pessoal, muito questionável em termos de sustentabilidade futura!

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO MUITO DISTANTE DO ANUNCIADO! 
Em 2 anos de mandato, as propostas do PS no que se refere ao apoio ao desenvolvimento económico quase não passaram do papel, resumindo-se a pouco mais que a criação do “Festival Sabores do Borrego”.
No que toca à tão anunciada atração de investimento nada foi feito. O quadro de iniciativas para o IN Castro, que esteve na base da sua criação, foi abandonado. O projeto da Zona de Atividades Económicas elaborado pela CDU, teve a sua candidatura a financiamento comunitário que aprovada. Mas quanto ao seu futuro ainda nada foi anunciado.
Por outro lado, a estrutura organizativa definida para a Reserva da Biosfera não foi posta a funcionar e a concretização do plano de ação está quase esquecida, não se aproveitando uma marca da UNESCO que poderia ser distintiva para o concelho.

FINANCIAMENTOS GARANTIDOS NO MANDATO ANTERIOR ESTÃO EM CAUSA
O aproveitamento dos financiamentos conseguidos nas candidaturas, elaboradas e aprovadas no mandato anterior, está cada vez mais em causa. Há uma manifesta incapacidade de decisão, falta de elaboração de projetos e avanço de obras. Recorde-se que a CDU deixou aprovadas candidaturas com financiamentos na ordem dos 3,3 milhões de euros, onde se inclui a revalorização urbana da vila de Castro Verde. Em dois anos, apenas avançou o Centro de Viola Campaniça - Artes e Ofícios, cuja obra tinha já sido adjudicada no mandato anterior, e foi anunciada a adjudicação da requalificação da Rua Morais Sarmento, quanto ao resto, nada se sabe!

ESTRADA COM DOIS ANOS DE ATRASO – A obra foi adjudicada pela CDU em agosto de 2017
Se o resultado das eleições tivesse sido diferente, a CDU teria iniciado a obra de requalificação da Estrada de Santa Bárbara em Outubro de 2017. O projeto estava pronto e a forma de financiamento definida. O que assistimos foi à criação de uma complicação desnecessária do processo por parte do PS, que levou, inclusivamente, a que se perdesse o saldo de um empréstimo, devidamente autorizado e disponível, de 700 000 € para a realização da obra.

TANTA CONVERSA E NADA DE NOVO FOI FEITO NA REMODELAÇÃO DA REDE DE ÁGUAS!
Passaram dois anos e nem os trabalhos que tinham sido adjudicados no mandato anterior foram terminados. Permanecem há mais de um ano passeios obstruídos com a informação “Estamos a Melhorar a Nossa Rede de Águas – Seremos Breves”! De resto, só a informação de que a intervenção da Rua Morais Sarmento, contemplará a remodelação da rede nessa artéria, como aliás estava planificado pela CDU. 
A verdade é que as ruturas continuam! A pressão da água diminuiu e não se vislumbra por parte do PS a solução breve que tanto anunciaram. Será que virá aí outra tentativa de entregar a gestão da água em baixa a uma entidade exterior e essa, em troca, executar a obra? Talvez tenham percebido a complexidade do problema e seja essa a solução que dá menos trabalho, mesmo que isso custe perder o controlo sobre a gestão de um bem essencial como água.

ESCOLA SECUNDÁRIA. O PROJECTO DA OBRA GARANTE RESPOSTA ÀS REAIS NECESSIDADES?
Todos queremos as obras na Escola Secundária de Castro Verde. Não vale a pena manipular a opinião pública, como fez o PS nestes dois anos de mandato. Uma reivindicação muito antiga, que levou a intensos diálogos entre a autarquia e o Ministério da Educação, sobretudo nos anos 2016 e 2017. Em julho de 2017 tinha-se chegado a um patamar de entendimento entre a autarquia e o ministério, que perspetivava uma reabilitação e requalificação do “parque escolar” de Castro Verde (de forma faseada e onde se incluíam as obras da Secundária), e uma política educativa para o futuro, equacionando novos cenários educativos. 
O PS fez tábua rasa de todo o processo de negociações e limitou-se a acatar ordens superiores da máquina partidária. Não sabemos, efetivamente, se a obra a realizar vai assegurar a resposta às reais necessidades da comunidade escolar. O que sabemos é que as obras na Secundária, poderiam ter aberto uma porta para intervir também noutros estabelecimentos e afirmar Castro Verde no cenário regional, uma oportunidade negocial que estava bem encaminhada, mas que se perdeu, fruto de um PS que, tal como nas outras áreas, não tem para a educação uma visão estratégica!

A DESORIENTAÇÃO NA POLÍTICA CULTURAL
Dois anos de desnorteamento na política cultural, destruindo parte do trabalho que vinha a ser construído. Iniciativas que acabaram ou cujos objetivos foram desvirtuados em nome da inovação (Planície Mediterrânica, Programa Cultural Primavera no Campo Branco, etc.). Trata-se sim do apagar daquela que era uma marca distintiva da política anterior, o abandonar de uma estratégia de cultura para a formação, envolvimento das comunidades e preservação da memória, adotando apenas a vertente do entretenimento, não havendo lugar à conjugação dos vários papéis da Cultura. A inércia do Museu da Ruralidade em Entradas e dos seus pólos em Almeirim, aivados e Lombador, que assentava num conceito de museu do território, de trabalho com as populações, é disso um bom exemplo, ou o desvirtualizar do papel da Biblioteca, atribuindo-lhe funções que em nada correspondem à sua missão, revelando uma profunda falta de critério e bom senso.

MOVIMENTO ASSOCIATIVO
O PS, em meados de 2018 instituiu um corte de 12% nos apoios financeiros ao Movimento Associativo do Concelho, nomeadamente às Associações de cariz cultural e recreativo.
Esta medida representou sérios constrangimentos ao funcionamento de muitas das associações do nosso concelho cuja actividade constitui uma resposta concreta às necessidades do dia a dia da comunidade.

Foi destacada e veementemente repudiada a “opção política” tomada pelo PS, que se traduziu no CORTE DO APOIO AO INVESTIMENTO DAS JUNTAS DE FREGUESIA.
Em paralelo assistimos, sem justificação plausível, e por isso nos opusemos, à apropriação abusiva de obras por parte da Câmara que estavam nos programas eleitorais da Juntas de Freguesia.
Trata-se de uma manifesta vontade de asfixiar a autonomia e a capacidade de investimento das Juntas “rurais”, onde a CDU é maioria, o que contraria a filosofia de acordos que vinham a ser celebrados entre as autarquias do concelho e que eram um exemplo de cooperação do Poder Local Democrático.
PARA CONCLUIR, E DE UMA FORMA MUITO SINTÉTICA, A GESTAO DO PS NESTES 2 ANOS CARACTERIZOU-SE PELA:
§   Falta de visão estratégica para o concelho de Castro Verde, nos mais variados campos;
§   Resposta imediata e populista patente nas poucas acções e iniciativas programadas e/ou promovidas;
§   Respostas como “pagamento” de favores concedidos.
§   Incapacidade e Inoperância na concretização da generalidade das “opções políticas” assumidas;
§   Procura incessante do controle partidário da estrutura dos serviços municipais.

E o PS fez tudo isto num contexto de guerrilha partidária, permanentemente alimentada em todos os meios de comunicação social locais e regionais.
A CDU de Castro Verde, agora na oposição, reafirma a sua determinação em continuar o trabalho, com tenacidade e empenho, no sentido de contribuir para a melhoria das condições de vida das populações e da afirmação do nome de Castro Verde!