MOÇÃO
Exigimos a urgente resolução da ligação
ferroviária de Beja /Lisboa
Considerando que a ferrovia é
importantíssima para o desenvolvimento económico da nossa região, como meio de
transporte de passageiros, para o trabalho, negócios, o lazer ou turismo, e
também enquanto do transporte de mercadorias.
Considerando que o transporte
ferroviário é mais cómodo, causa menos impactos ambientais, o tempo de viagem
entre Beja e Lisboa tem uma duração menor que o transporte rodoviário - cerca
de 2h10m -, beneficia uma importante capital de Distrito e diretamente a
população servida pelas estações de Beja, Cuba, Alvito e Vila Nova da Baronia,
que diariamente o utilizam para as suas deslocações para o trabalho, para a
escola ou para tratar de quaisquer outros assuntos.
Considerando que desde há muito
tempo as populações, as autarquias locais e todos os agentes de desenvolvimento
da região reivindicam a eletrificação de linha entre Beja e Casa Branca, a
melhoria dos comboios e a reposição dos serviços retirados, até ao presente não
obtiveram qualquer resposta e nos recentes anunciados investimentos para a
ferrovia nacional não consta qualquer verba para estas obras.
Considerando que desde há cerca
de duas semanas o serviço tem vindo a piorar, alguns horários das automotoras
entre Beja e Casa Branca têm sido suprimidos e substituídos por transporte em
autocarro, acarretando por vezes inconcebíveis atrasos e incómodos aos utentes.
A Câmara Municipal de Castro
Verde, reunida em sessão ordinária decide:
1- Rejeitar
qualquer forma encapotada por parte do Governo do Partido Socialista de
encerrar o troço da linha Beja – Casa Branca e exigir o compromisso público do
não encerramento deste serviço, assim como a consignação, desde já, de verbas
para a sua qualificação, nomeadamente através da eletrificação deste percurso,
bem como o comprometimento quanto à calendarização e previsão das referidas
melhorias.
2- Exigir
que na ligação Beja - Casa Branca seja retomada a normalidade, desde já.
3- Em
caso de ausência de resposta, ou de o governo confirmar a intenção de encerrar
a linha, convocar as populações os empresários e as suas estruturas
associativas para, em conjunto, se encontrarem formas de oposição a esta grave
agressão ao desenvolvimento da região e ao bem-estar das suas populações.
4- Dar conhecimento à comunicação social, a todos
os órgãos de soberania, às associações empresariais e à população.
Castro Verde, 7 de Novembro de
2017
Francisco Duarte
António João
Colaço